terça-feira, 25 de junho de 2013

Diplomático, Parreira trabalha com Felipão nos bastidores e assume papel de influência

Fernando Bizerra Jr. - 15.jun.13/Efe

Enquanto Luiz Felipe Scolari orienta os treinos dentro de campo, Carlos Alberto Parreira assiste a tudo recostado numa cadeira, à distância.
Mas o coordenador técnico da seleção brasileira tem muito mais influência sobre o treinador do que parece.
Juntos pela primeira vez na carreira, o gaúcho Felipão e o carioca Parreira são inseparáveis nos bastidores.
Desde o início da preparação para a Copa das Confederações, os dois estão sempre conversando nos hotéis pelo Brasil. Nos treinos, eles se separam, mas Parreira trabalha como um conselheiro.
O técnico do tetra raramente entra no campo, mas o técnico do penta costuma deixar o gramado para ouvi-lo.
No campo, Felipão continua com a ajuda de Flávio Murtosa, seu auxiliar há mais de duas décadas.
a imprensa e com os atletas de um jeito diferente do que eu faço" disse Felipão, fiador da contratação de Parreira, no fim de 2012.
Em 2002, a CBF tentou forçar Felipão a trabalhar em dupla com Antônio Lopes, que ocupava a mesma função de Parreira, mas não deu certo.
O presidente da CBF, José Maria Marin, escolheu os técnicos que ganharam os últimos Mundiais da seleção para blindá-la durante a Copa das Confederações --amanhã, o time pega o Uruguai no Mineirão, pela semifinal.
No início do trabalho da dupla, cartolas da CBF acreditavam que os dois poderiam não se entender pela diferença de temperamento. A desconfiança foi superada.
Logo no início da preparação para a disputa do torneio, Parreira ocupou a função de diplomata da seleção.
Diante de uma crise entre a comissão técnica e o Bayern de Munique por conta da liberação de Luiz Gustavo e Dante, o carioca afastou Felipão da polêmica.
Parreira era o único que falava sobre o assunto. No final, os brasileiros venceram a queda de braço, e os dois se apresentaram para a disputa do amistoso contra a Inglaterra, no Maracanã.
Nos últimos dias, Felipão escancara elogios a Parreira. Na sexta-feira, ele lembrou que a conquista do tricampeonato completava 43 anos naquela data e pediu aos jornalistas uma salva de palmas ao carioca, que integrou como preparador físico a comissão técnica de Zagallo.

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